Uso obrigatório do BIM em obras públicas: o que muda para engenheiros e arquitetos a partir de 2024

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A obrigatoriedade do uso da metodologia BIM (Building Information Modeling) em obras públicas federais no Brasil representa uma mudança significativa na forma como os projetos de engenharia e arquitetura são concebidos, executados e gerenciados. Essa nova exigência, formalizada pelo Decreto Federal nº 10.306/2020, entrou em vigor em janeiro de 2024 e marca um novo capítulo na modernização da infraestrutura pública nacional.

A AEAAMA – Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Monte Alto – vem acompanhando de perto essa transformação, oferecendo suporte técnico e institucional aos profissionais da região diante deste novo cenário.

O que é o BIM e por que ele é importante?

O BIM é mais do que uma ferramenta de modelagem 3D. Trata-se de uma metodologia que permite integrar todas as informações de um projeto de construção em um modelo digital inteligente. Por meio do BIM, arquitetos, engenheiros, gestores e demais envolvidos conseguem visualizar, simular e planejar todas as etapas de uma obra com maior precisão, colaborando em tempo real e reduzindo erros.

Diferente dos métodos tradicionais, onde os projetos eram apresentados em pranchas separadas, o BIM permite um ambiente compartilhado de dados, integrando disciplinas como elétrica, hidráulica, estrutural e arquitetônica em um único modelo. Isso garante melhor compatibilização entre os projetos, otimização de custos e prazos e maior controle durante a execução e manutenção da obra.

O que diz o Decreto nº 10.306/2020?

O decreto estabelece a Estratégia Nacional de Disseminação do BIM e determina um cronograma de implementação em três fases distintas:

– Fase 1 (2021): Aplicação do BIM nas fases de desenvolvimento de projetos de arquitetura e engenharia.

– Fase 2 (2024): Uso do BIM na execução de obras públicas, com foco em gestão de obra e planejamento logístico.

– Fase 3 (2028): Adoção do BIM em todas as etapas do ciclo de vida da edificação, incluindo operação e manutenção.

Impactos diretos para os profissionais

A entrada em vigor da obrigatoriedade do BIM traz consequências práticas para engenheiros e arquitetos. A principal delas é a necessidade de capacitação técnica. O domínio de softwares como Revit, ArchiCAD, Navisworks e similares torna-se um diferencial competitivo.

Além disso, a metodologia BIM exige uma mudança de mentalidade: ela é baseada na colaboração interprofissional e no compartilhamento de responsabilidades desde as etapas iniciais do projeto.

Como a AEAAMA pode ajudar?

A AEAAMA tem se posicionado como parceira estratégica dos profissionais da engenharia e da arquitetura na região de Monte Alto. Frente a essa nova exigência legal, a associação está promovendo iniciativas voltadas à capacitação, como:

– Cursos e palestras sobre fundamentos e ferramentas BIM

– Parcerias com instituições de ensino e empresas de tecnologia

– Informativos técnicos sobre normas e exigências legais

– Apoio institucional em processos de adequação de escritórios e profissionais

Conclusão

A obrigatoriedade do uso do BIM em obras públicas é uma medida que reforça a importância da inovação e da modernização no setor da construção civil. Embora represente um desafio, especialmente no curto prazo, ela também abre portas para ganhos significativos em qualidade, sustentabilidade e produtividade.

A AEAAMA está atenta a essas mudanças e reforça seu compromisso em atuar como referência técnica e institucional para os engenheiros, arquitetos e agrônomos da região. Em tempos de transformação, estar bem informado e preparado é o melhor caminho para a valorização profissional.

Quer saber como essa mudança pode impactar sua atividade? Fale com a AEAAMA. Estamos aqui para apoiar você.

Eng. Francisco I.Pereira

04/05/2025

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